“Café da Manhã em Plutão” é uma adaptação da obra literária de Patrick McCabe e foi um dos melhores filmes exibidos no Festival do Rio 2005. Além de uma direção caprichada de Jordan e um roteiro praticamente sem furos, o longa nos traz aquela que sem sombra de dúvida é a performance da vida de Cillian Murphy, transmitindo sem furos a essência da transexualidade.
Patrick "Kitten" Brady (Murphy) é uma transexual nascida numa pequena cidade da Irlanda. Filho de um relacionamento entre o padre local e uma doméstica, depois de abandonado pela mãe Kitten foi adotado por uma alcoólatra chamada Whiskers. Ao dar sinais da sua identidade de gênero feminino, o então menino Patrick sofre com a intolerância no seu lar adotivo e na escola. Decide sair em busca de sua mãe verdadeira, "Lady Ghost", rumo a Londres. Na sua trajetória vive paixões e preconceitos, tanto por sua condição transexual com por sua nacionalidade irlandeza.
Apesar de parecer um drama denso e triste, não o é. O longa é extremamente divertido e não é ofensivo em momento algum, e ainda conta com uma excepcional trilha sonora que reúne bandas e músicos como Bobby Goldsboro, Cole Porter, Harry Nilsson, Dusty Springfield, T-Rex, Kris Kristofferson, Patti Page, Buffalo Springfield e Van Morrison, entre outros.
Outro aspecto interessante do filme é o retrato da transexualidade numa época onde a cirurgia plástica e a hormônioterapia não estavam tão populares como hoje.
Recomendo!
quinta-feira, 5 de maio de 2011
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
O Devastador Silicone Líquido
De todas as formas ilícitas de feminização do corpo, a injeção de silicone líquido é sem dúvidas a que mais provoca danos irreparáveis. Foi pensando nisto que escolhi este tema para o meu primeiro texto nesse blog.
Há mais de 100 anos, médicos e pessoas leigas têm praticado injeções subcutâneas e intramusculares de fluidos altamente viscosos para restaurar e modificar o contorno corporal. Inicialmente, o óleo mineral e a vaselina foram utilizados e suas complicações foram relatadas predominantemente na primeira metade do século passado. Já as injeções de silicone líquido tornaram-se populares depois da Segunda Guerra Mundial porque estudos preliminares indicaram que o silicone era bem tolerado e provocava pouca reação local e nenhuma reação sistêmica.
Logo se tornou óbvio que o silicone injetável não era tão inerte quanto anteriormente antecipado. Entretanto, as injeções subcutâneas e intramusculares de silicone e óleo mineral continuaram populares como um método barato e alternativo à cirurgia plástica convencional. Como tal, são oferecidas a transexuais e travestis de forma a parecer um procedimento simples para feminizar a face, mamas, glúteos, quadris e panturrilhas.
Muitos litros desses fluidos necessitam ser injetados para obtenção de feminização corporal. A quantidade pode variar de 1,5 a 8 litros e a aparente simplicidade da técnica tende a disfarçar que graves complicações podem seguir-se a essas injeções impróprias e sem cuidados específicos. São elas, inflamações agudas, fibroses severas, granulomas, siliconomas, necroses, amputações, migração gravitacional, contorno desproporcional e deformidades, fístulas, alteração de coloração e textura da pele, linfoadenopatia, compressão de órgãos, embolia pulmonar, pneumonia, hepatite, pancitopenia e morte.
Espero ter orientado a quem esteja pensando em submeter-se a este procedimento ilegal. A remoção cirúrgica de todo o silicone injetado é impossível e não existe tratamento para modificar os efeitos do silicone nos tecidos. Quem possui silicone injetado deve ser acompanhado por um médico familiarizado como o tema. Em vista dos riscos, a feminização com uso de silicone líquido ou óleo mineral deve ser condenada por todos.
Há mais de 100 anos, médicos e pessoas leigas têm praticado injeções subcutâneas e intramusculares de fluidos altamente viscosos para restaurar e modificar o contorno corporal. Inicialmente, o óleo mineral e a vaselina foram utilizados e suas complicações foram relatadas predominantemente na primeira metade do século passado. Já as injeções de silicone líquido tornaram-se populares depois da Segunda Guerra Mundial porque estudos preliminares indicaram que o silicone era bem tolerado e provocava pouca reação local e nenhuma reação sistêmica.
Logo se tornou óbvio que o silicone injetável não era tão inerte quanto anteriormente antecipado. Entretanto, as injeções subcutâneas e intramusculares de silicone e óleo mineral continuaram populares como um método barato e alternativo à cirurgia plástica convencional. Como tal, são oferecidas a transexuais e travestis de forma a parecer um procedimento simples para feminizar a face, mamas, glúteos, quadris e panturrilhas.
Muitos litros desses fluidos necessitam ser injetados para obtenção de feminização corporal. A quantidade pode variar de 1,5 a 8 litros e a aparente simplicidade da técnica tende a disfarçar que graves complicações podem seguir-se a essas injeções impróprias e sem cuidados específicos. São elas, inflamações agudas, fibroses severas, granulomas, siliconomas, necroses, amputações, migração gravitacional, contorno desproporcional e deformidades, fístulas, alteração de coloração e textura da pele, linfoadenopatia, compressão de órgãos, embolia pulmonar, pneumonia, hepatite, pancitopenia e morte.
Espero ter orientado a quem esteja pensando em submeter-se a este procedimento ilegal. A remoção cirúrgica de todo o silicone injetado é impossível e não existe tratamento para modificar os efeitos do silicone nos tecidos. Quem possui silicone injetado deve ser acompanhado por um médico familiarizado como o tema. Em vista dos riscos, a feminização com uso de silicone líquido ou óleo mineral deve ser condenada por todos.
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